MERCADO FINANCEIRO

Dados fracos de emprego dos EUA elevam temor de recessão e Ibovespa cai a 126 mil pontos

Bolsas; Ibovespa

Publicado em 02/08/2024 às 08:40
Reprodução

Novos indícios de desaquecimento da economia dos Estados Unidos impõem cautela nos mercados mundiais de ações e o Ibovespa pega carona. Os resultados mais fracos no relatório oficial sobre o emprego norte-americano, o payroll, de julho, que saíram nesta sexta-feira, 2, elevam o mau humor que prevalece desde ontem nos mercados em Nova York, dados os sinais de enfraquecimento da maior economia do globo reforçados por números trimestrais decepcionantes de big techs norte-americanas.

Os dados engrossam o temor de uma recessão no EUA. "Veio Tudo fraco, indica um hard land", pontua o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, completando que os resultados tendem indicar uma queda mais forte dos juros americanos em setembro.

A queda do principal indicador da B3 nesta sexta-feira é menos intensa do que a vista nas bolsas europeias, com recuos superiores a 1,00%, e americanas, que cedem até 3,00% (Nasdaq), em meio ao alívio na curva futura de juros no Brasil. Esse declínio reflete a desvalorização nos rendimentos dos Treasuries.

Após subirem na esteira da elevação de 2,16% do minério de ferro em Dalian, na China, as ações da Vale passaram a ceder, diante do temor de uma eventual recessão nos EUA se espalhe pelo globo. O petróleo despenca 3,00% e os papeis da Petrobrás recuam e embora o petróleo recuam acima de 2,00%.

Desta forma, o Ibovespa acentua a queda semanal a 0,60%, depois de já recuar na passada. Na quinta, fechou com desvalorização de 0,20%, aos 127.395,10 pontos. Às 11h24, cedia 0,49%, aos 126.776,16 pontos, perto da mínima de 126.634,03 ponto (-0,60%). Chegou a subir 0,56%, na máxima aos 128.103,59 pontos.

O maior recuo na carteira era Embraer ON (-5,26%) e a maior alta de 7,66% (Eztec), seguida de 3,89% (Magazine Luiza). Entre os grandes bancos, o sinal ia de alta de 0,40% (Bradesco PN) a declínio de 1,27% (Unit de Santander).

Por aqui, permanece a percepção de que a taxa Selic não subirá, com o Banco Central mantendo-a na marca atual de 10,50% ao ano até o fim de 2024.