ELEIÇÕES

Brasil, Colômbia e México pedem divulgação de dados eleitorais da Venezuela

Publicado em 01/08/2024 às 15:51
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Os governos de Brasil, Colômbia e México acabam de divulgar uma nota conjunta na qual pedem a publicação dos dados da eleição pelas autoridades da Venezuela e fazem um apelo pela manutenção da "paz social" no país. A nota foi divulgada depois de os presidentes dos três países, Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México) realizarem uma reunião remota nesta quinta-feira, 1.

O movimento aumenta a pressão para que as atas das urnas venezuelanas sejam divulgadas. Os três países signatários têm governos de esquerda, mesmo campo do regime chavista hoje comandado por Nicolás Maduro. A eleição venezuelana foi realizada no último domingo, 28. As autoridades eleitorais, controladas pelo chavismo, declararam Maduro reeleito com 51,21%. A oposição afirma que houve fraude. Há protestos em andamento no país e ao menos 12 pessoas já teriam morrido.

"Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação", afirma a nota dos governos.

"As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados", diz o texto.

"Fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos. Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento", declaram Brasil, Colômbia e México.

"Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano", diz a nota.