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Vendas da indústria de máquinas em valores caem 9,6% em junho ante junho de 2023, diz Abimaq

Publicado em 31/07/2024 às 14:02
Vendas da indústria de máquinas em valores caem 9,6% em junho ante junho de 2023, diz Abimaq Reprodução

As vendas da indústria de máquinas tiveram em junho mais um mês de baixa na comparação com igual período do ano passado, refletindo a queda dos investimentos em bens de capital no Brasil, avanço das importações e as exportações mais baixas do setor.

A receita líquida total, que engloba tanto as vendas internas quanto os embarques ao exterior, caiu 9,6%, somando R$ 23,16 bilhões, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira pela Abimaq, a entidade que representa os fabricantes de máquinas e equipamentos. O resultado decorre da queda de 10,8% das vendas internas, que ficaram em R$ 18,19 bilhões, além da baixa de 11,6% das exportações, cujo valor, em dólar, foi de US$ 922 milhões.

Apesar da queda de 2,7% do consumo de máquinas no Brasil, que somou R$ 31,2 bilhões em junho, as importações avançaram 3,1% no comparativo interanual, chegando a US$ 2,31 bilhões no mês passado.

Conforme a Abimaq, as importações seguem ganhando espaço no mercado brasileiro, respondendo por 45,2% do total de máquinas compradas no Brasil no primeiro semestre. Um ano atrás, a participação dos importados estava em 39,8%. A entidade aponta aumento nas importações feitas por fabricantes de bens de consumo, incluindo a indústria de alimentos.

A China, principal origem das máquinas importadas, já responde por 28,5% das importações realizadas no País, 4 pontos porcentuais acima do patamar do mesmo período do ano passado. É o maior nível da China nas importações totais de bens de capital mecânicos dentro da série histórica iniciada em 2007, quando a participação chinesa era de apenas 6,9%.

Com isso, a indústria de máquinas e equipamentos terminou o primeiro semestre com queda de 16,4% nas vendas, somando nos seis meses R$ 122,9 bilhões em vendas internas e exportações. Houve no período queda de 17,8% das vendas internas, para R$ 91,9 bilhões. Já as exportações recuaram 9,1%, somando US$ 6 bilhões. Na contramão, as importações, de US$ 14,16 bilhões de janeiro a junho, subiram 6,5%.

Na margem - ou seja, de maio para junho -, o setor exibe resultados mais positivos, com crescimento de 10,4% da receita líquida total, apesar do declínio de 12,3% das exportações. O consumo aparente de máquinas no Brasil subiu 6,6% no comparativo de junho com maio, sendo que no mês passado as importações caíram 9,3%.