Indicador de Incerteza medido pela FGV cai 0,3 ponto em julho ante junho
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 0,3 ponto em julho em relação a junho, para 110,3 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais o indicador subiu 1,3 ponto, para 111,3 pontos.
"O IIE-Br ficou praticamente estável ao final de julho, mas a evolução diária do indicador mostrou uma forte aceleração da incerteza até meados do mês, seguida de uma redução compensatória. O componente de Mídia capturou a intensificação e o arrefecimento das discussões sobre o nível da taxa de juros e as finanças públicas para os próximos anos. O componente de Expectativas seguiu o mesmo padrão ao longo do mês, mas terminou em alta, refletindo uma ligeira piora nos cenários de futuros para a inflação e o câmbio", avaliou em nota a economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Anna Carolina Gouveia.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia caiu 1,0 ponto em julho, para 109,8 pontos, contribuindo negativamente com 0,9 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas subiu 2,8 pontos, para 107,9 pontos, maior nível desde julho do ano passado, contribuindo positivamente com 0,3 ponto para o índice deste mês.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência (julho).