MERCADO FINANCEIRO

BID e Coreia vão assinar US$ 300 mi adicionais para financiar empréstimos, diz Ilan Goldfajn

Publicado em 25/07/2024 às 09:26
BID e Coreia vão assinar US$ 300 mi adicionais para financiar empréstimos Reprodução

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, disse nesta quinta-feira, 25, em evento paralelo ao G20 promovido pelo banco e pelo Ministério da Economia e Finanças da República da Coreia do Sul, que vai assinar hoje um acordo adicional de US$ 300 milhões para os próximos três anos com o banco de exportação coreano, para financiar empréstimos na área de energia.

Ele afirmou que a Coreia do Sul e a América Latina são parceiros naturais em diversas áreas, e destacou o compromisso com os valores democráticos, a transparência e o estado de direito. De acordo com,o executivo, a América Latina precisa investir 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para chegar a ter um desenvolvimento sustentável.

"Nós também temos em comum algumas prioridades, desde a energia limpa, a sustentabilidade e o crescimento. Nós nos vemos nas culturas um do outro", disse Goldfajn.

Segundo o executivo, existe um grande potencial de negócios entre as duas regiões, e por isso o BID organizou o evento.

"É por isso que estamos hoje aqui, nesse Fórum Coreia-América Latina, vendo as oportunidades para continuar expandindo nossos laços, aumentar o comércio, o investimento e desenvolver nossa parceria. A Coreia-América Latina tem uma longa história de relações entre o setor público e o privado", disse Goldfajn.

O executivo informou que o comércio bilateral de bens entre a Coreia e a América Latina atingiu um recorde de R$ 65 bilhões em 2022, ressaltando que o superávit comercial atualmente é de 15%, em comparação com 50% há 15 anos.

"No ano passado, o investimento da Coreia na região também atingiu R$ 65 bilhões, uma tendência ainda maior para a diversificação. Se a gente continuar integrando essas economias, estaríamos mais bem posicionados para abordar questões geopolíticas e ambientais", afirmou o presidente do BID.