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China: Xi pede a potências mundiais que ajudem Rússia e Ucrânia a retomar diálogo direto

Publicado em 08/07/2024 às 07:40

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu a líderes mundiais que ajudem a Rússia e a Ucrânia retomar o diálogo direto, durante uma reunião nesta segunda-feira (8) com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, informou a estatal chinesa CCTV. Orban fez uma visita surpresa à China após viagens similares na semana passada para Rússia e Ucrânia, a fim de discutir perspectivas para um acordo pacífico na guerra de mais de dois anos.

A Hungria assumiu neste mês a presidência rotativa da União Europeia e Orban desde então embarcou em uma missão de paz, que carece, porém, de aval dos outros líderes europeus. "A China é um poder crucial para criar as condições para a paz na guerra Rússia-Ucrânia", argumentou o líder húngaro no X (ex-Twitter). "Por isso eu vim me encontrar com o presidente Xi em Pequim, apenas dois meses após a visita oficial dele a Budapeste."

Durante sua reunião com Xi, Orban descreveu a China como uma força estabilizadora, em meio à turbulência global, e elogiou as iniciativas de paz "construtivas e importantes". A China tem promovido seu próprio plano de paz em seis pontos, que ela emitiu em maio junto com o Brasil. Pequim diz estar neutra no conflito, embora na prática apoie Moscou por meio de frequentes visitas estatais, crescente comércio bilateral e exercícios militares conjuntos.

Ao responder a Orban, Xi pediu que Rússia e Ucrânia realizem um cessar-fogo e que outras potências criem um ambiente propício ao diálogo. Apenas quando as potências projetarem "energia positiva em vez de negativa" um cessar-fogo pode ocorrer, argumentou, segundo a emissora estatal chinesa.

Durante a viagem recente de Xi à Hungria, a China elevou seus laços com a Hungria para uma "parceria estratégica abrangente", uma das mais altas designações para suas relações exteriores. Ela se aplica ainda apenas a Belarus, Paquistão e Venezuela. Sob Orban, a Hungria tem construído laços significativos políticos e econômicos com a China. Fonte: Associated Press.