China tem a 'chave' para acabar com a guerra na Ucrânia, diz presidente da Finlândia
O presidente finlandês Alexander Stubb disse que a China detém a chave para acabar com a guerra na Ucrânia, instando Pequim a usar sua influência sobre Moscou. Ele também defendeu que os Estados Unidos reduzam as crescentes tensões com a China.
O apelo de Stubb, em entrevista ao The Wall Street Journal, ocorre enquanto os governos europeus se preparam para um possível segundo mandato de Donald Trump e estão cada vez mais preocupados que Washington possa abandonar compromissos com a segurança europeia para se concentrar em dissuadir a China.
Muitos países europeus, alarmados com o potencial de espalhamento da guerra na Ucrânia para outras nações nas fronteiras da Rússia, estão ansiosos para que a China desempenhe um papel maior na busca de uma solução diplomática. A Finlândia, que se juntou à Organização do Tratado do Atlântico Norte no ano passado, compartilha a fronteira mais longa da aliança com a Rússia.
"O presidente Xi Jinping detém as chaves para uma solução pacífica deste conflito porque ele está em uma posição de poder", disse Stubb em uma entrevista em Helsinque antes da cúpula da Otan em Washington. "Nós no Ocidente, nem mesmo os Estados Unidos, não podemos fazer isso. Tudo o que podemos fazer é fornecer armas para a Ucrânia para garantir que ela não perca a guerra."
Segundo Stubb, a relação entre China e Rússia, fortalecida após sanções ocidentais, coloca Pequim em uma posição de influência sobre Moscou e como possível mediadora de conflitos. Apesar de a China se abster de fornecer apoio militar direto à Rússia, sua proteção diplomática e suporte econômico são vistos como cruciais para a continuidade do conflito.
Líderes europeus, incluindo o presidente polonês Andrzej Duda, o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron, buscaram o diálogo com o presidente chinês Xi Jinping, enfatizando a necessidade de uma solução que respeite o direito internacional. Xi, por sua vez, expressou apoio às negociações de paz, alinhando-se aos interesses da comunidade internacional.
No entanto, a proposta de paz de Putin, que inclui a retirada ucraniana de territórios disputados, foi rejeitada por Kiev e seus aliados, complicando ainda mais as perspectivas de negociação. Enquanto isso, a Finlândia se mantém como um dos principais apoiadores da Ucrânia, apesar de algumas vozes europeias questionarem a viabilidade da intervenção chinesa no conflito.
A situação na Ucrânia, juntamente com as crescentes tensões entre os Estados Unidos e a China, coloca em questão o futuro da segurança europeia e a possibilidade de uma resolução pacífica para o conflito. Stubb, enfatizando a importância da cooperação e do diálogo, apela por uma abordagem equilibrada que possa trazer um fim ao derramamento de sangue na Ucrânia e restabelecer a estabilidade na região.
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