Calor mata Centenas em Meca, diz agência
Centenas de fiéis morreram em meio a temperaturas escaldantes durante a peregrinação anual do hajj à cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, segundo relatos de mídias oficiais na Europa, Oriente Médio e África. A agência France Presse afirmou, citando como fonte um diplomata árabe, que 900 fiéis morreram e 600 deles seriam egípcios.
Embora a Arábia Saudita não tenha relatado número oficial de mortes, segundo o jornal americano The New York Times, notícias de uma série de países cujos fiéis foram ao hajj mostraram que o calor foi fatal para o festival religioso este ano.
No domingo, 16, a agência oficial de notícias da Jordânia disse que 14 peregrinos tinham morrido devido à exposição ao sol e ao calor. Nesta quarta, 19, ela afirmou que foram emitidas licenças de enterro para 41 jordanianos na própria cidade de Meca, mas não forneceu detalhes.
O Ministério das Relações Exteriores da Tunísia afirmou que pelo menos 35 tunisianos morreram. A agência estatal Tunis Afrique Presse relatou, como causa, uma "acentuada elevação de temperaturas".
Pelo menos 13 pessoas do Estado de Kerala, na Índia, morreram, de acordo com um funcionário da administração local, enquanto a agência de notícias estatal russa Tass relatou as mortes de 4 cidadãos por "causas naturais relacionadas a saúde e idade". Três peregrinos do Senegal também morreram, segundo declaração oficial.
Desaparecidos
O Ministério das Relações Exteriores do Egito disse que a equipe consular na Arábia Saudita estava trabalhando "dia e noite" para ajudar a facilitar enterros e buscas por peregrinos egípcios desaparecidos, sem dar um número. O Ministério da Imigração do Egito criou uma "sala de operações" 24 horas diante de numerosos pedidos de socorro sobre parentes desaparecidos, disse o Serviço de Informação do Estado. O órgão acrescentou que funcionários estavam visitando hospitais e centros médicos sauditas.
Segundo balanço da agência France Presse, o número de fiéis mortos ontem era de 922. Parentes de várias nacionalidades percorriam hospitais em busca de desaparecidos.
Este ano, o hajj atraiu cerca de 1,8 milhão de peregrinos - 1,6 milhão do exterior -, segundo as autoridades sauditas. O hajj é um dos cinco pilares do islã e todos os muçulmanos que têm condições devem fazê-lo pelo menos uma vez na vida. Ao longo dos anos, o festival foi assolado por uma série de calamidades, de tumultos a incêndios e surtos de doenças. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.