G7 reafirma apoio à Ucrânia e monitora 'crise política, econômica e humanitária' na Venezuela
Os países do G7 reafirmam seu "apoio incontornável" à Ucrânia "pelo tempo que for necessário". Em comunicado após cúpula do grupo na Itália, ele se diz ainda "fortemente comprometido" a ajudar Kiev com suas necessidades mais urgentes de financiamento no curto prazo, bem como apoiar sua recuperação no longo prazo e as prioridades de reconstrução, diante da guerra no país.
A Rússia "precisa acabar com esta guerra ilegal de agressão e pagar pelo estrago causado à Ucrânia", diz o G7. Ele menciona que, segundo o Banco Mundial, esses danos já superaram US$ 486 bilhões. Nesse contexto, o G7 diz que pretende prover financiamento à Ucrânia que virá de receitas extraordinárias advindas da imobilização de ativos soberanos russo retidos na União Europeia e em outras jurisdições relevantes. Para permitir isso, o grupo diz que trabalhará para aprovar nessas jurisdições o uso de fluxos futuros dessas receitas extraordinárias para pagar empréstimos.
Em outro momento do comunicado, o G7 se diz "profundamente preocupado" com a "crise política, econômica e humanitária" da Venezuela, com a falta de progresso na implementação do Acordo de Barbados em outubro de 2023. O grupo pede que Caracas implemente esse acordo e permita eleições competitivas em 28 de julho, com missões de observação internacional "completas e dignas de crédito", além da libertação imediata de presos políticos. O governo venezuelano retirou um convite à União Europeia para que acompanhasse o processo eleitoral local, motivando as críticas.
O G7 ainda diz que seguirá com atenção o quadro entre a Venezuela e a Guiana, na disputa pela região de Essequibo. A Venezuela não deve adotar mais "iniciativas desestabilizadoras" e o assunto deve ser resolvido pelo diálogo, em linha com a legislação internacional, segundo o comunicado.