Fed: Waller quer evidências de desinflação antes de cortar juros, mas descarta nova alta
O diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller se somou ao coro de outros dirigentes e disse nesta terça-feira, 21, que precisa ver mais evidências de moderação na inflação e vários meses mais de progresso antes de apoiar um corte de juros. Ele afirmou, porém, que um novo aumento nas taxas "provavelmente seria desnecessário".
Waller avaliou que a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril indica que a inflação não está acelerando, após o repique observado no primeiro trimestre. Mas o progresso desinflacionário no mês ainda foi pequeno, na sua avaliação. De todo modo, os dados de gastos com consumo e mercado de trabalho sugerem que a política monetária está em nível restritivo, segundo ele.
"Após aceleração da inflação no primeiro trimestre, fico feliz em ver reversão desse padrão. (...) Um mês não constitui uma tendência, mas dados sugerem que política monetária está fazendo seu trabalho para moderar a demanda agregada, o que deverá renovar o progresso na inflação", discursou ele em evento do Peterson Institute for International Economics (PIIE). Também "vejo dados de mercado de trabalho apoiando progresso renovado na desinflação", acrescentou.
O dirigente contextualizou que gastos com consumo em serviços continuam sólidos e deverão apoiar gastos no geral no segundo trimestre. O mercado de trabalho também segue "relativamente forte", embora a alta nos salários tenha moderado. Ele disse esperar ver alguma moderação na atividade econômica. "A economia parece estar evoluindo um pouco mais perto do que o Fed espera", resumiu.