Aluguel, gasolina e alimentos pesam na inflação ao consumidor pelo IGP-DI de abril, afirma FGV
Os reajustes de preços no aluguel residencial (1,52%), gasolina (1,04%) e alimentos como mamão papaya (35,45%), tomate (13,28%) e cebola (16,28%) ajudaram a acelerar a inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,10% em março para uma elevação de 0,42% em abril.
Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Educação, Leitura e Recreação (de -2,22% em março para -1,24% em abril), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,87%), Alimentação (de 0,56% para 0,90%), Transportes (de 0,21% para 0,52%), Comunicação (de -0,31% para 0,57%) e Vestuário (de -0,03% para 0,02%).
As principais contribuições para o movimento partiram dos itens passagem aérea (de -12,03% para -8,07%), medicamentos em geral (de -0,20% para 3,87%), hortaliças e legumes (de -0,54% para 7,44%), gasolina (de 0,35% para 1,04%), tarifa de telefone móvel (de -0,22% para 2,15%) e serviços do vestuário (de -1,58% para -0,80%).
Na direção oposta, a taxa foi mais baixa nos grupos Habitação (de 0,53% para 0,42%) e Despesas Diversas (de 0,42% para 0,13%), sob impacto dos itens aluguel residencial (de 2,61% para 1,52%) e serviços bancários (de 0,74% para 0,06%).
O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,26% em abril, após um aumento de 0,27% em março. Dos 85 itens componentes do IPC, 37 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 56,77% em março para 56,45% em abril.
Materiais de construção
As altas de custos tanto dos materiais de construção quanto da mão de obra aceleraram a inflação do setor no IGP-DI de abril. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,28% em março para uma elevação de 0,52% em abril.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 0,18% em março para uma elevação de 0,31% em abril. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de um aumento de 0,18% em março para alta de 0,32% em abril, enquanto os Serviços saíram de avanço de 0,25% para aumento de 0,30%.
Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de uma elevação de 0,42% em março para uma alta de 0,81% em abril.