EUA: Biden e Kishida buscam laços mais estreitos para contrapor a China no Pacífico
O presidente Joe Biden se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, nesta quarta-feira, 10, enquanto os dois líderes procuram fortalecer os seus laços de segurança no Pacífico como um contrapeso à China. O encontro ocorreu no contexto dos países planejarem melhorar a cooperação militar EUA-Japão, em meio a preocupações sobre o programa nuclear da Coreia do Norte e o esforço da China para estender a sua influência através do Pacífico.
Os dois países também procurarão formas de co-produzir armas e aproveitar a força industrial do Japão. As medidas destinam-se a proporcionar sinergias entre as forças armadas dos dois países no caso de um conflito regional. Os cenários mais prováveis seriam uma invasão chinesa de Taiwan, ou algum tipo de ato agressivo da Coreia do Norte, que este ano declarou a Coreia do Sul como seu inimigo número 1 e estreitou os laços com a Rússia.
No entanto, qualquer envolvimento japonês é complicado pela sua constituição, que o governo interpreta como restringindo a capacidade do país de lutar no exterior, exceto em circunstâncias raras e limitadas. A opinião pública no Japão é cautelosa quanto ao envolvimento militar em conflitos regionais.
O Japão aumentou os gastos militares nos últimos anos, uma política promovida por Kishida. O orçamento inicial para o ano fiscal que começou em 1 de Abril prevê 7,95 trilhões de ienes, equivalente a US$ 52 bilhões, em despesas militares. Isto representa um aumento de 47% em relação ao orçamento inicial de há dois anos, sem incluir despesas adicionais normalmente autorizadas no final do ano.