Terremoto interrompe reunião da ONU e assusta população de Nova York
Um terremoto assustou a população de Nova York, maior cidade dos EUA, nesta sexta-feira, 5, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), interrompendo brevemente uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Muitos nova-iorquinos relataram estrondos em vários pontos da cidade. Segundo autoridades locais, pelo menos 42 milhões de pessoas podem ter sentido o tremor. Moradores de Baltimore e Filadélfia também relataram ter sentido o chão tremer.
O USGS registrou uma magnitude preliminar de 4,8, com o epicentro registrado na cidade de Lebanon, no Estado vizinho de New Jersey. O Corpo de Bombeiros de Nova York afirmou que não houve danos significativos ou vítimas.
Uma câmera que registrava a reunião do Conselho de Segurança da ONU capturou o momento exato em que os tremores começaram durante discurso da representante da ONG Save the Children, Janti Soeripto. Ela fez uma pausa e perguntou a outro participante: "Isso é um terremoto?", antes de a reunião ser retomada. O enconro foi suspenso pela segunda vez quando os telefones começaram a tocar e vibrar devido aos alertas automáticos de emergência enviados pela cidade.
Ada Carrasco estava em seu apartamento no terceiro andar, no bairro de Marble Hill, em Manhattan, quando ocorreu o terremoto. "Pensei comigo mesma: Estou ficando tonta?, mas então o tremor continuou e saí correndo pela porta", disse.
O sistema de notificação de emergência da cidade de Nova York afirmou, em uma postagem nas redes sociais, mais de 30 minutos após o terremoto, que não havia relatos de danos ou feridos.
Embora os tremores em Nova York sejam raros, os especialistas sabem que o solo nem sempre é estável. Um estudo de 2008 descobriu que um terremoto de magnitude 5 ocorria na área aproximadamente uma vez por século.
Prédios vulneráveis
A cidade de Nova York adicionou protocolos de segurança contra terremotos ao seu código de construção em 1995, mas a maioria dos cerca de 1 milhão de seus edifícios foi construída antes disso. Muitos são considerados "vulneráveis".
As chegadas e partidas de voos nos aeroportos de Nova York e de New Jersey foram interrompidas por algumas horas, segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA, mas retomadas ontem mesmo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.