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Tebet: Com dados da Receita, veremos se conseguimos manter 0,5% de superávit em 2025

Publicado em 02/04/2024 às 17:06

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta terça-feira, 02, que ainda não tem os números de projeção de receitas fechados para afirmar se o governo poderá ou não manter a meta de fazer um superávit de 0,5% do PIB em 2025. A expectativa é de que os dados sejam entregues pela Fazenda ao Planejamento entre hoje e amanhã, comentou. O alvo fiscal precisa ser proposto ao Congresso no projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que é enviado em abril.

Tebet disse não ter condições de falar sobre o tema sem os dados da Receita, mas não descartou uma mudança. "A (receita) menos B (despesa) para 2025 tem que dar superávit de 0,5%. Se não der, vamos com muita clareza levar isso para a Junta de Execução Orçamentária e dizer: os números não batem, ou nós vamos rever meta ou não vamos rever meta. O que vamos fazer? Vamos enfrentar assim mesmo? Vamos rediscutir meta de 2025 e 2026? Aí é uma decisão que só a Junta vai tomar", disse a jornalistas, após participar do encerramento do Seminário Internacional de Boas Práticas de Planejamento de Médio e Longo Prazo, em Brasília.

Na conversa, Tebet chegou a afirmar que a rediscussão da meta de 2024 também estaria na mesa. Questionada, corrigiu afirmando que o alvo fiscal deste ano não está sendo rediscutido, mas que ele é avaliado mês a mês, com peso especial em maio.

Ainda sobre o PLDO de 2025, Tebet disse que espera fazer uma reunião com sua equipe nesta sexta-feira, 5, para que um encontro da JEO possa ser marcado para a próxima semana. "Com os números fechados, vamos ter a realidade na nossa porta, se conseguiremos manter 0,5% de superávit ou não", declarou, destacando que, enquanto o Ministério da Fazenda tem os números relativos à receita, sua pasta é responsável pelos dados de despesa. "Vamos bater os números. Ele Haddad só tem um número, eu só tenho outro. Esse casamento precisa acontecer, ele tem o lado da receita, nós temos o lado da despesa", afirmou.