FMI: PIB da Colômbia deve crescer 1,1% e inflação deve desacelerar a 5% ao ano em 2024
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da Colômbia expandirá 1,1% neste ano, e que a inflação cairá gradualmente a cerca de 5% ao ano até o fim de 2024. Já o déficit na conta corrente deverá se estabilizar em cerca de 3% do PIB deste ano. As estimativas foram feitas pelos técnicos da instituição, ao concluírem mais uma rodada de consultas com o país realizada no âmbito do seu Artigo IV, segundo comunicado publicado nesta quinta-feira, 28.
A equipe técnica do FMI observou que a economia da Colômbia alcançou "níveis mais sustentáveis de atividade econômica e demanda doméstica", depois da forte desaceleração em 2023 ante o aquecimento do pós-pandemia. Isso, segundo os técnicos, foi possível graças às políticas macroeconômicas apropriadamente apertadas que foram empregadas nos últimos dois anos. Essa transição para o que o FMI chamou de "níveis mais sustentáveis" deverá continuar ao longo de 2024, disseram eles.
Os especialistas citaram tensões geopolíticas, condições financeiras globais mais apertadas e perturbações nas cadeias de suprimentos como riscos baixistas para a previsão que emanam do exterior. Já entre os riscos domésticos, estão o de um El Niño mais forte, de demanda privada mais fraca, de má calibração das políticas e de incertezas sobre reformas.
Discussões bilaterais entre o FMI e os países-membros costumam acontecer anualmente conforme pede o Artigo IV dos regimentos da instituição. As informações coletadas sobre economia e políticas servem de base para a avaliação do corpo executivo.
Diretoria sugere reformas
Na análise mais recente, os diretores-executivos do Fundo recomendaram que a Colômbia adote reformas para elevar produtividade e incentivar investimentos do setor privado, ao final de mais uma rodada de consultas com o país realizada no âmbito do seu Artigo IV.
Os diretores sugeriram que reformas em saúde, previdência e mercado de trabalho sejam concebidas na Colômbia dentro das políticas existentes, "preservando simultaneamente a estabilidade fiscal e financeira e equilibrando considerações de equidade e eficiência".
Eles também incentivaram as autoridades colombianas "a intensificar os esforços para reforçar ainda mais a governança e a transparência e mitigar os riscos de corrupção". O comunicado faz um elogio ao objetivo das autoridades locais de reduzir a dependência do país em petróleo e carvão, e salienta a importância de um plano de transição energética e diversificação de exportações "bem concedido e executado".