Para Haddad, País ainda vive momento delicado, mas de grande potencial para desenvolvimento
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o País vive um momento que, apesar de "ainda delicado", é de grande potencial para desenvolvimento. "Entendo que só depende de nós colocarmos nossos interesses particulares um pouco de lado e pensar em medidas para colocar País de volta ao desenvolvimento", afirmou durante o seminário "Descarbonização: Rumo à Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil", realizado nesta terça-feira, 19, pelo Esfera Brasil e MBCBrasil.
Haddad fez destaques sobre o trabalho do Ministério da Fazenda desde o ano passado, apontando que têm buscado uma agenda estratégica. "A Fazenda tem aberto agendas concomitantes e enviado para o Congresso", disse.
Ele agradeceu o trabalho dos parlamentares ao citar a aprovação da reforma tributária, mas apontou que ainda há desafios para as leis complementares a serem aprovadas nos próximos meses. "Todo cuidado com a transição é necessário para concluir a reforma tributária com êxito", comentou.
Ainda, disse que é preciso ampliar a escuta aos setores para explorar o potencial de desenvolvimento do País. "Ainda estamos divididos, isso não é bom para o País. Temos que nos reunir por um país justo, solidário e de desenvolvimento", afirmou.
Indústria e sustentabilidade
O ministro da Fazenda afirmou que o Brasil investiu muito nos últimos anos para promover a sustentabilidade de sua produção. "A ciência brasileira atuou muito nesse campo. A agricultura brasileira atuou muito nesse campo. E agora a indústria acordou com uma chance: os biocombustíveis, com o hidrogênio verde, com a (energia) eólica solar", disse a jornalistas após participar do seminário.
Para o ministro, trata-se de uma vantagem competitiva para todos os setores da economia, não apenas para a agricultura. "Está havendo um casamento da agricultura com a indústria, no setor estratégico da indústria automobilística. Vamos lembrar: dois anos atrás, as pessoas estavam falando que a indústria automobilística do Brasil ia acabar. Hoje, talvez seja o setor que mais está recebendo investimento no mundo", disse.