Chip quântico do Google faz em 5 minutos o que máquinas levariam o tempo do Universo para fazer
A gigante norte-americana da tecnologia Google apresentou na segunda-feira (9) seu novo chip de computação quântica de próxima geração, que pode realizar cálculos e operações muito mais rápido do que os supercomputadores da atualidade.
O Google informou que sua equipe de Inteligência Artificial Quântica apresentou o Willow, um chip de computação quântica que demonstrou sua capacidade de corrigir erros exponencialmente e também de processar determinados cálculos com mais rapidez, além de ser o primeiro passo na criação de um computador quântico.
"Este é um marco importante na jornada da equipe de IA quântica para criar um computador quântico confiável que possa expandir o conhecimento humano para o benefício de todas as pessoas", afirmou a empresa em comunicado.
O Google explica que a computação quântica é uma nova abordagem à computação na qual são construídas máquinas que utilizam a mecânica quântica – a linguagem fundamental do universo – para superar os limites da computação clássica.
"Willow é o último passo no trabalho da nossa equipe de Inteligência Artificial Quântica para liberar todo o potencial da computação quântica", acrescenta a empresa.
Entre os principais atributos deste novo chip quântico está a capacidade de reduzir erros exponencialmente à medida que aumenta o número de qubits (componentes básicos da computação quântica), situação que, destaca a empresa, resolve um desafio fundamental na correção quântica de erros que este campo tem perseguido por quase 30 anos.
Outra conquista de Willow é que, segundo o Google, ele realizou em menos de cinco minutos um cálculo de referência padrão que levaria um dos supercomputadores mais rápidos da atualidade, 10 septilhões de anos, um número que excede em muito a idade do Universo.
Hartmut Neven, fundador e líder do Google Quantum AI, explica que o próximo desafio para este campo é demonstrar um primeiro cálculo "útil, além do clássico" nos chips quânticos atuais, que seja relevante para uma aplicação no mundo real.
"Nosso objetivo é [...] mergulhar no domínio dos algoritmos que estão além do alcance dos computadores clássicos e que são úteis para problemas do mundo real com relevância comercial", disse Neven.