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Astrônomos revelam mecanismo de extinção em antigas galáxias massivas consideradas 'mortas'

Os astrônomos do Instituto Niels Bohr e da Universidade de Bolonha descobriram os principais mecanismos para o rápido crescimento e cessação de criação de estrelas em galáxias gigantes antigas que são agora consideradas mortas, relata o portal Phys.org.

Publicado em 02/12/2024 às 10:55
© Foto / Telescópio Espacial Hubble da NASA, ESA, e J. Lee (Instituto de Ciência do Telescópio Espacial)

A descoberta está relacionada a um processo chamado extinção, que causa uma diminuição acentuada na formação estelar em galáxias elípticas. Os cientistas sugerem que a causa pode ser a ativação de buracos negros supermassivos, que ejetam gás e poeira da galáxia, privando-a de material para a formação de novas estrelas. Isso confirma a hipótese sobre o papel decisivo dos buracos negros na evolução e morte das galáxias.

Os dados foram obtidos usando o Telescópio Espacial James Webb (JWST), observatórios espaciais Hubble e Spitzer e o conjunto de antenas do rádio-observatório Atacama Large Millimeter Array (ALMA). As observações permitiram estudar galáxias que existiram de 1 bilhão a 2 bilhões de anos após o Big Bang e revelar suas características únicas, indicando crescimento rápido e posterior estagnação.

Um dos principais objetos de pesquisa foi uma galáxia observada 2,6 bilhões de anos após o Big Bang. Ela mostrou uma súbita cessação da formação estelar, acompanhada por ventos fortes associados à atividade do buraco negro central. Estes dados indicam uma ligação direta entre o acúmulo de matéria do buraco negro e mudança na evolução da galáxia.

Pesquisadores descobriram que as primeiras galáxias elípticas poderiam ganhar massa gradualmente ao fundirem-se com outras galáxias, adicionando estrelas às suas regiões externas, mas a formação estelar não recomeçou nelas. Isso explica seu aspecto antigo e "morto" no Universo moderno.

Os cientistas concluem que a pesquisa adicional com o uso do Telescópio Extremamente Grande (ELT), que estará operacional em 2028, ajudará a entender melhor os processos de extinção.


Por Sputinik Brasil