Surgiu no mundo uma nova profissão: especialista em bem-estar da inteligência artificial (IA), que conduzirá pesquisas para saber se a IA pode sentir emoções e se tem consciência, disse o especialista em redes linguísticas neurais Sergei Ponomarenko à Sputnik.

Nos últimos anos, o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à IA atingiu níveis sem precedentes.

Nesse novo campo, estão sendo criados novos nichos e postos de trabalho, que precisam ser preenchidos com os especialistas necessários.

"Há uma nova especialidade no mundo relacionada à inteligência artificial. Trata-se de um especialista em bem-estar de IA que conduzirá pesquisas científicas sobre questões em que a inteligência artificial esteja o mais próximo possível dos seres humanos, por exemplo, se ela pode sentir emoções e mostrar sinais de consciência", disse Ponomarenko.

O especialista explicou que os empregos nesse campo estão abertos para pesquisadores de IA relacionados à matemática, ciência da computação ou engenharia.

Ao mesmo tempo, eles devem ter conhecimento de direito e filosofia.

Esses especialistas vão considerar casos sobre como as empresas deverão agir se lhes parecer que a IA que desenvolveram está mostrando sinais de consciência.

"Um exemplo disso foi o Google, que demitiu o engenheiro de software sênior Blake Lemoine por ele ter alegado que havia detectado consciência em uma rede neural que a empresa estava criando", observou Ponomarenko.

O novo cargo foi apresentado pela primeira vez pela Anthropic, uma empresa de IA fundada por ex-funcionários da OpenAI.

Essa corporação está desenvolvendo o bot Claude para gerar textos com base em inteligência artificial.

"O surgimento desses especialistas pode significar que as empresas acreditam que estão próximas de criar uma inteligência artificial geral. Anteriormente, o diretor-geral da OpenAI, Sam Altman, disse que a inteligência artificial geral poderia ser criada em um ano", concluiu o especialista.