CANADÁ

Boa notícia para sistemas de navegação: Polo Norte magnético diminuiu velocidade em direção à Rússia

Nos últimos cinco anos, a velocidade de aproximação do Polo Norte magnético ao território da Rússia diminuiu para 25 km por ano, escreve o jornal britânico Independent com referência a cientistas.

Por Sputinik Brasil Publicado em 17/11/2024 às 10:54
CC BY 2.0 / Centro de Voos Espaciais Goddard / A Snapshot of Sea Ice

Os polos magnéticos da Terra são pontos convencionais onde as linhas do campo magnético do planeta cruzam sua superfície em ângulos retos.

Os polos magnéticos não coincidem com os polos geográficos e podem mudar de posição.

"Os cientistas detectaram uma atividade inesperada no alto Ártico à medida que o Polo Norte magnético se dirige para a Rússia de uma forma nunca vista antes. [...] Nos últimos cinco anos, o Polo Norte magnético diminuiu significativamente sua velocidade para cerca de 25 km por ano", diz o artigo.

Conforme o dr. William Brown, funcionário do Serviço Geológico Britânico (BGS, na sigla em inglês), disse à publicação, nos séculos XVII e XX o ponto se moveu da costa do Canadá em direção à Sibéria a uma velocidade de cerca de dez a 15 km por ano.

Na década de 1990, a velocidade aumentou drasticamente para 55 km por ano.

Como apontou outro funcionário do serviço, dr. Ciaran Beggan, em uma entrevista ao Daily Mail, a velocidade do ponto aumentou constantemente no século XXI até 2019, quando começou uma forte desaceleração.

"Esse é um comportamento que nunca observamos antes. Isso dificulta a previsão de mudanças no campo magnético", disse ele.

O polo magnético do Hemisfério Norte foi descoberto em 1831 pelo explorador polar inglês James Ross no arquipélago Ártico canadense.

Sua localização mudou drasticamente desde então, e agora está no oceano Ártico central, deslocando-se em direção à costa russa.

A rápida deslocação do polo magnético é um problema para sistemas de navegação de todos os tipos, desde sistemas que controlam o movimento de navios nos oceanos até o Google Maps em celulares.

Todos eles são baseados no georreferenciamento preciso do polo magnético, para o qual aponta a agulha de qualquer bússola.