Gilmar Mendes vota a favor de soltura de Robinho e placar fica 4 a 1 para manter prisão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foi o primeiro a votar para libertar Robinho da prisão na manhã desta sexta-feira. Os ministros Luiz Fux, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso também deram seus votos, mas para manter a prisão, e portanto o placar é 4 a 1 para que o ex-jogador continue preso. Os ministros têm até o dia 26 para votar.
O julgamento do caso Robinho foi retomado nesta sexta com dois pedidos de defesa para a obtenção de habeas corpus. Os advogados do ex-jogador questionaram a legalidade da prisão, realizado em março deste ano após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandar executar, em território brasileiro, a denúncia pelo crime de estupro que o ex-atleta cometeu na Itália. Os representantes do atleta também pedem que ele cumpra a pena em liberdade até se encerrarem todos os recursos para recorrer ao caso.
O relator designado para o julgamento é o ministro Luiz Fux, que voltou contra soltar Robinho. Os ministros têm a opção de seguir demais o relator, ou votar a favor de tirar o ex-jogador da prisão, como fez Gilmar Mendes, o único até o momento. A votação é feita de forma on-line e ocorre no plenário virtual. Ao todos os 11 ministros que compõem o STF, e para que Robinho fique livre, ele precisa vencer pela maioria simples, ou seja, conseguir ao menos seis votos.
RELEMBRE O CASO
Robinho foi condenado por estupro de uma jovem albanesa, na Itália, em 2013, quando atuou pelo Milan. O caso aconteceu em uma boate italiana, e outros cinco amigos do ex-jogador também estavam envolvidos. Um deles, Roberto Falco, também está preso. Outros quatro não foram julgados.
Na Itália, Robinho tentou recorrer à decisão da Justiça, mas foi condenado nas três instâncias. A última - e definitiva - foi em 2022. Nesta época, ele já tinha retornado ao Brasil. Por conta disso, o Ministério de Justiça da Itália fez um pedido de extradição ao Brasil, ou seja, que o Governo enviou o jogador de volta para a Itália.
Como o País não extradita cidadãos brasileiros, a Justiça italiana pediu que uma sentença de nove anos de prisão fosse cumprida no Brasil. Em março deste ano o ex-jogador foi preso e cumpre a pena desde então.
ROTINA NA PRISÃO
Robinho está no pavilhão 1 da Penitenciária II de Tremembé, desde março deste ano. Na prisão, ele tem o hábito de jogar futebol com os outros detentos e de ler. Além disso, ele tem aula de dois projetos, com dez módulos cada, "De olho no futuro" e "Reescrevendo a minha história". Ele já cumpriu nove de cada.