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Brasil fecha Mundial de Atletismo paralímpico com melhor campanha de sua história

Publicado em 25/05/2024 às 12:03

O Brasil encerrou neste sábado o Mundial de Atletismo paralímpico de Kobe, no Japão, com a melhor campanha de sua história. A delegação do país terminou com 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze. No campeonato de Lyon, em 2013, os atletas brasileiros haviam conquistado 16 medalhas de ouro.

No Japão, o Brasil só ficou atrás da China, com 33 ouros, 30 pratas e 24 bronzes. "A gente sai daqui com um sentimento de alegria, uma sensação de dever cumprido", disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). "Por outro lado, com sentimento de um baita desafio e de muita expectativa para os Jogos Paralímpicos de Paris, que são o nosso principal objetivo."

No último dia de competições no Kobe Universiade Memorial Stadium, o destaque brasileiro foi o gaúcho Wallison Fortes nos 200m T64 (amputados de membros inferiores com prótese). Ele terminou a prova com uma queda, e o photo finish determinou a medalha de prata para o brasileiro. Logo após a prova, o italiano Francesco Loragno foi desclassificado por invasão de raia. Com isso, Wallison ficou com o ouro.

"Estou muito feliz porque garante a minha vaga nos Jogos Paralímpicos. Foi uma bela estreia em Mundiais", afirmou Wallison, que completou a prova com 23s11. O atleta é de Eldorado do Sul, um dos locais mais impactados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Além dele, o Brasil conseguiu mais cinco pódios na última sessão do Mundial.

Na prova dos 200m T11 (deficiência intelectual), a chinesa Cuiqing Liu cravou o recorde mundial, com 24s36. Thalita Simplício chegou na segunda colocação, com 24s95, e Jerusa Geber, que era a atual campeã mundial da prova, completou o pódio com 24s98.

Lorraine Aguiar conquistou a medalha de bronze nos 200m T12 (deficiência visual), com 25s40. Rayane Soares também foi a terceira colocada na prova dos 400m T13 (deficiência visual) com 56s78, somente um centésimo na frente da quarta colocada, a americana Erin Kerkhoff.

Rodrigo Parreira também conquistou o bronze no salto em distância T36 (paralisados cerebrais). Ele saltou 5,75m, enquanto Aser Ramos atingiu um centímetro a menos. A princípio, os brasileiros haviam feito uma dobradinha, com prata e bronze, mas após revisão por vídeo o neozelandês William Stedman foi reclassificado com 5,85m.

O Mundial no Japão foi realizado no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 por causa do adiamento da competição, que seria em 2021, devido à pandemia de coronavírus. No Mundial de Paris, no ano passado, quando o Brasil conquistou 14 medalhas de ouro, 13 de prata e 20 de bronze.