Com programas de capacitação e incentivo à indústria, Alagoas atinge menor taxa de desocupação desde 2021
“Participei do curso de recepção oferecido pela Escola do Turismo, e foi uma experiência extremamente enriquecedora. Aprendi técnicas valiosas para tornar o relacionamento com os turistas mais agradável, o que foi um grande diferencial. A partir desse curso, surgiram diversas oportunidades profissionais, já que ele proporciona uma formação robusta e prepara o participante para ocupar sua função com mais confiança. Além de enriquecer o currículo, o curso representa um movimento transformador, trazendo esperança e abrindo novas portas no mercado de trabalho”, destaca Laís do Céu.
Histórias como a de Laís contribuíram para que o Estado de Alagoas atingisse, no terceiro trimestre de 2024, a menor taxa de desocupação desde o terceiro trimestre de 2021, registrada em 7,7%, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
A taxa de desocupação atingiu o segundo menor valor da série histórica, confirmando uma tendência de queda. Essa redução pode ser atribuída a dois fatores principais. O primeiro é o início do segundo semestre, período em que as indústrias intensificam contratações para produção e formação de estoques, visando atender ao aumento do consumo no final do ano. No último trimestre, a ocupação na indústria brasileira registrou um acréscimo de mais de 400 mil vagas.
Outro fator importante é o reflexo de iniciativas que promovem oportunidades e capacitações, além de garantias para a instalação de empresas no estado. Programas estaduais têm preparado mão de obra qualificada e oferecido incentivos fiscais para atrair empresas a Alagoas, promovendo a geração de empregos.
“Temos uma política fiscal arrojada, um plano de governo que inclui políticas públicas que pensam no alagoano de ponta a ponta: no trabalhador que precisa de capacitação para ingressar no mercado de trabalho e garantir uma ocupação, e na empresa que quer investir e necessita de incentivos fiscais, locacionais, diferimento do ICMS, entre outros”, explica o governador Paulo Dantas.
No acumulado do ano, foram geradas 1.324 vagas com carteira assinada, representando um crescimento de 4,45% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente em outubro, foram criadas 288 vagas formais de trabalho, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Turismo
Alagoas recebeu mais de 840 mil turistas nacionais e internacionais entre janeiro e agosto de 2024, um aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os turistas nacionais, o crescimento foi de 14,10%. Esses visitantes demandam serviços de alojamento e restaurantes, o que torna indispensável a capacitação da mão de obra local.
Nesse cenário, entra em ação o programa Escola do Turismo, uma iniciativa da Setur cujo objetivo é aprimorar e capacitar profissionais dedicados à prestação de serviços turísticos em todas as sete regiões turísticas do estado, combatendo a escassez de mão de obra qualificada, um dos principais desafios do setor.
“O Escola de Turismo - maior programa de qualificação e formação de Alagoas - completou um ano em 2024 e se consolidou como uma ferramenta de transformação social no estado. Para se ter uma ideia, de julho de 2023 até setembro de 2024, foram formados mais de 5 mil alunos, o que vem impactando diretamente na taxa de empregabilidade em Alagoas, além de ser importante também para a economia local. Um programa que visa dar oportunidades para quem quer entrar num setor que vem sendo destaque nacional e internacionalmente: o turismo. Uma forma de capacitar pessoas que estão em busca do primeiro emprego ou qualificar quem já está no mercado de trabalho”, reforçou Bárbara Braga.
Desde sua criação, em julho de 2023, o programa já capacitou mais de 2.700 pessoas e ofereceu 42 cursos em 13 modalidades, como: Cozinheiro e Auxiliar de Cozinha, Espanhol, Primeiros Socorros e Combate a Incêndio, Noções Básicas de Governança, Elaboração de Drinks e Coquetéis, Curso de Piscineiro, Noções Básicas de Camareira, Aperfeiçoamento de Garçom, Excelência no Atendimento ao Turista, Práticas de Uso de EPIs para Turismo de Aventura, Aperfeiçoamento de Confeiteiro e Direção Defensiva para Bugueiros.
De janeiro a outubro de 2024, o estado criou 21.247 empregos formais, sendo o setor de serviços responsável por 57% do total (12.132 vagas). Dentro desse setor, o subgrupo de alojamento (hotéis, pousadas e similares) gerou 614 vagas no acumulado do ano, enquanto alimentação (bares e restaurantes) somou 1.324 vagas. Mais emprego significa menos pessoas desocupadas e melhores condições de vida para as famílias alagoanas, combatendo a extrema pobreza no estado.
Novas empresas e incentivos fiscais
Para gerar empregos, é essencial atrair e manter empresas. Em 2024, o Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico e Social (Conedes) aprovou incentivos fiscais e locacionais para 26 empresas, resultando em mais de 2.000 empregos diretos.
No setor de turismo, três grandes empresas receberam incentivos fiscais, garantindo pelo menos 272 empregos diretos e mais de 650 indiretos. Essas empresas contam com mão de obra qualificada e incentivos do programa Cresce Alagoas, que fomenta a atividade econômica e a geração de empregos.
O programa Cresce Alagoas é uma das mais abrangentes iniciativas de atração de investimentos e fortalecimento econômico do estado. Em 2024, foram publicados 23 decretos beneficiando pequenas e médias empresas de 20 setores em diferentes regiões, abrangendo 86% dos contribuintes do estado. O objetivo é claro: gerar mais empregos e oportunidades para Alagoas.
“O Cresce Alagoas é um grande marco no fortalecimento da economia do nosso estado. Com o programa, oferecemos diversos incentivos que atraem investimentos e impulsionam diferentes setores, gerando muitas oportunidades para os empreendedores alagoanos, como, por exemplo, a ampliação da isenção de ICMS para empresas do Simples Nacional, que passou de R$ 60 mil para R$ 90 mil no limite de faturamento mensal. Esses esforços têm gerado mais empregos e contribuído para a criação de um ambiente de negócios competitivo e mais justo”, enfatiza a secretária da Fazenda, Renata Santos.