INESPERADO

HGE salva a vida de aposentada que sofreu um infarto quando se dirigia para supermercado

Publicado em 11/10/2024 às 14:59

Thallysson Alves / Ascom Sesau

A aposentada Maria José Alves dos Santos, de 76 anos, estava indo ao supermercado com sua filha, no último dia 3 deste mês, quando começou a sentir um mal-estar e buscou atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Satuba, município onde reside. Após receber os primeiros atendimentos e com a suspeita de que se tratava de um infarto, ela foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tabuleiro do Martins, em Maceió, que, por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a encaminhou até o Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi submetida a um cateterismo e uma angioplastia primária, e teve a vida salva.

 

“Quando cheguei na UPA Tabuleiro do Martins, a ambulância do Samu já estava me esperando e me transportaram para o HGE. Eu estava muito cansada, com muita dor no peito. Já estava infartando. Então, quando cheguei no HGE, eu fui logo levada para o cateterismo e lá já fizeram uma angioplastia em mim”, lembrou Maria José Alves dos Santos, que é viúva e tem quatro filhos.

 


Estabilizada, ela foi internada na Unidade de Dor Torácica (UDT) para monitoramento e uso das medicações necessárias para a recuperação. Maria José relatou que tem sido tratada muito bem por toda equipe multidisciplinar, o que reforça a sua impressão positiva do HGE desde 2014, quando precisou acompanhar o internamento de seu esposo.

 

Diante do atendimento recebido, Maria José Alves dos Santos aprendeu que, se sentir qualquer problema de saúde, por mais que ache que não é no coração, deve-se fazer um check-up para tirar a dúvida e evitar sustos que podem culminar em tragédia. Feliz com a recuperação, ela pede que as pessoas procurem um cardiologista, pois a doença é traiçoeira.

 

“Eu cheguei aqui morta, mas, graças a Deus, e a equipe multidisciplinar do HGE, que estava me esperando na UTI, me ressuscitou. E aqui eu estou contando essa linda história de amor”, disse Maria José Alves dos Santos, com o coração transbordando gratidão.

Bate Coração

 

A vida de aposentada de Satuba foi salva pelo HGE por meio do Programa Bate Coração, implantado pelo Governo de Alagoas em todas as suas unidades que oferecem o atendimento de urgência e emergência. O objetivo é reduzir o tempo-resposta e aperfeiçoar o tratamento efetivo do infarto agudo do miocárdio, prestando suporte adequado e especializado à equipe multidisciplinar. 

 

Com isso, em caso de cansaço, sensação de falta de ar ou uma forte dor no peito, que são os sintomas do infarto agudo do miocárdio, o cidadão deve procurar atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Essa agilidade será determinante para que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) encontre em tempo o melhor serviço especializado para tratar o problema de saúde.

 

“O paciente quando chega ao HGE, o seu quadro clínico já é conhecido devido às informações compartilhadas pelo aplicativo de telemedicina Join, utilizado no Programa Bate Coração. Ele é a ponte que precisamos para saber quem está a caminho e, assim, viabilizar equipamentos, insumos, profissionais e até uma sala de hemodinâmica. Assim, conseguimos minimizar sequelas e afastar o risco do óbito”, explicou o coordenador médico do HGE, Ricardo Calado.    

 

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salienta que o Bate Coração tem feito a diferença na vida dos alagoanos acometidos pelo infarto agudo do miocárdio. "O programa se transformou em referência para o Brasil e o mundo, uma vez que já recebemos comitivas de outros países que vieram a Alagoas para conhecê-lo, a exemplo do Japão", frisou o gestor.

Dados

 

Em 2023, o HGE registrou 2.838 internamentos cardiológicos. De janeiro a setembro deste ano, já foram contabilizados 2.117 internamentos. No ano passado, nesse mesmo período, foram 2.162 atendimentos. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o infarto agudo do miocárdio é a maior causa de mortes no Brasil. Estima-se que ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais e que, a cada 6 casos, ocorre um óbito.