Sesau realiza testes para avaliação de incapacidades físicas em pacientes com hanseníase
Fabiano Di Pace / Ascom Sesau
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou, nesta sexta-feira (4), avaliação em pacientes que têm hanseníase. Durante a ação, que ocorreu no II Centro de Saúde, situado na Praça da Maravilha, em Maceió, foram analisadas as incapacidades físicas e neurológicas provocadas pela doença.
A hanseníase é uma doença infecciosa que acomete nervos e pele e cuja transmissão ocorre pelas vias aéreas superiores, no caso das pessoas que convivem com pacientes na forma avançada da doença e que não estão em tratamento. Entretanto, a transmissão é interrompida em até 72h após a primeira dose da medicação prescrita para o tratamento, que dura de seis a doze meses.
A enfermeira técnica do Programa Estadual de Combate a Hanseníase, Ana Patrícia Barros, explicou que as incapacidades físicas que podem ocorrer em razão da hanseníase são classificadas em dois tipos, sendo os de tipo II os mais graves.
“Esse tipo de incapacidade acontece em casos onde existe a demora no diagnóstico, sendo os mais comuns a mão em garra, o pé caído e a reabsorção óssea, que tende a ser confundida com amputação”, explica.
Rayssa Teixeira, que também atua como enfermeira no Programa Estadual de Vigilância e Eliminação da Hanseníase, explicou que, para a realização desse programa específico de vigilância, em casos de identificação de incapacidade do tipo II, o diagnóstico deve ser confirmado por um segundo profissional, em um prazo de até 60 dias.
“Como são incapacidades que podem ter diferentes origens, em que um caso de reabsorção óssea pode ser confundido com um acidente de trabalho, a identificação deve ser confirmada por um segundo profissional”, esclareceu.
Sintomas
Entre as principais características da hanseníase estão o aparecimento de manchas brancas e avermelhadas na pele e o comprometimento dos nervos periféricos. A pessoa acometida pela doença também pode sentir sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição ou perda da sensibilidade e nódulos no corpo, alguns deles, dolorosos.
Nos últimos 10 anos foram registrados em Alagoas 3.429 casos de hanseníase, sendo 305 identificados com incapacidades do tipo II. Durante a avaliação, participaram também alunos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Maurício de Nassau (UniNassau).