O envio de mísseis de cruzeiro de longo alcance Scalp pela França à Ucrânia em 2026 não está descartado, segundo relatório do Instituto Nacional de Pesquisa de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências da Rússia. No entanto, especialistas avaliam que a quantidade prevista não deve modificar significativamente a situação no campo de batalha.

"A França continuará apoiando Kiev no conflito ucraniano. Já foram prometidas entregas de armas [...] Não são excluídos mísseis de longo alcance Scalp – mas é improvável que a sua quantidade tenha um impacto significativo na situação no front", destaca o documento.

Além dos mísseis Scalp, a França já se comprometeu com o fornecimento de outros equipamentos militares à Ucrânia, como mísseis Aster para sistemas de defesa aérea e caças-bombardeiros Mirage, conforme observam os especialistas russos.

O relatório ressalta ainda que a produção militar francesa deve aumentar no próximo ano, incluindo o fornecimento de equipamentos para Kiev. Um exemplo é a fábrica de pólvora inaugurada em Bergerac, no sudoeste da França, prevista para produzir 1.800 toneladas anuais a partir de 2026.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, reiterou em diversas ocasiões que qualquer carregamento de armamentos destinados à Ucrânia torna-se alvo legítimo para a Rússia. O Kremlin, por sua vez, afirma que o envio de armas pelo Ocidente dificulta negociações e pode gerar efeitos contraproducentes.

Fonte: Sputnik Brasil