Cid Moreira, que morreu aos 97 anos, no Rio, enviou um e-mail ao filho adotivo, Roger Felipe Moreira, há cerca de dez anos, afirmando que se arrependia de tê-lo adotado e que o deserdaria. No testamento, o jornalista excluiu tanto Roger quanto seu outro filho, Rodrigo, da herança.

Em um dos trechos, segundo informações da Folha, ele escreveu: “Você continua sendo meu filho adotivo porque não consegui reverter a adoção. Eu fiz um documento e deserdei você. Escrevi de próprio punho e assinei”. A decisão teria sido motivada por declarações de Roger à imprensa.

Após a morte de Cid, os dois filhos pediram a abertura do inventário do apresentador, buscando acesso total ao testamento. Eles alegam que foram prejudicados psicologicamente durante o segundo casamento do pai e pediram gratuidade no processo, afirmando serem “pobres na expressão da palavra”. O advogado dos filhos estima que o patrimônio total de Cid, incluindo imóveis e direitos autorais, chegue a R$ 60 milhões.

A defesa de Fátima Sampaio, esposa de Cid, considerou a ação dos filhos “lamentável e inoportuna”, alegando que eles só estariam interessados no patrimônio do pai. Em vida, Cid havia refutado as acusações dos filhos de que Fátima estaria usufruindo indevidamente de seus bens, tendo comprovado sua sanidade mental em laudos médicos e afirmado que os filhos agiram por interesse financeiro.