A atriz e ativista francesa Brigitte Bardot, que morreu no último domingo (28) aos 91 anos, "será enterrada em seu jardim perto do mar", revelou Wendy Bouchard, jornalista da ICI (antiga France Bleu) e amiga de longa data da artista, à rádio franceinfo.

Segundo Bouchard, ao longo da vida, Bardot já havia expressado o desejo de ser sepultada em La Madrague, sua mansão à beira-mar em Saint-Tropez, no sul da França.

"Esse era um desejo dela e será respeitado", afirmou a jornalista, enfatizando que Bardot descansará "perto daqueles que amava, seus animais", em referência à histórica dedicação da atriz à causa animal.

Bouchard destacou ainda que a despedida ocorrerá "com total sobriedade e simplicidade": "Bardot desejava reconectar-se com esta terra que testemunhou o sofrimento de tantos, mas que também viu a sua luta".

Na entrevista, a amiga de longa data da atriz francesa também lembrou do quanto os animais significaram para a estrela: "Os animais a salvaram. Desde muito jovem, ela cresceu com esses animais. Essa ternura, que talvez ela não tenha recebido em sua família, foi dada a ela pelos animais".

De acordo com ela, Bardot "compartilhava o sofrimento e a vulnerabilidade dos animais". Inclusive, para se dedicar à defesa animal, ela fundou a Fundação Brigitte Bardot em 1986, que hoje conta com 70 mil doadores e cerca de 300 funcionários.

Em comunicado, a fundação afirmou que a morte da artista não encerra sua luta pelos direitos dos animais e destacou que continuará "mais do que nunca" a promover o trabalho e os ideais de Bardot. O próximo ano marcará o seu 40º aniversário.

"Seu legado permanece vivo nas ações realizadas com a mesma paixão e fidelidade aos seus ideais", diz a nota da instituição, que reafirma o compromisso com a proteção animal.