Ocidente é obrigado a reconsiderar postura diante do avanço russo, afirma analista
Segundo Scott Ritter, domínio estratégico da Rússia na Ucrânia impõe nova realidade a EUA e Europa
O avanço estratégico do Exército russo durante a operação militar especial na Ucrânia forçou o Ocidente a reavaliar sua postura em relação a Moscou, afirma o analista militar e ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter.
Ritter destacou que as forças russas não apenas alcançaram, mas superaram as capacidades militares do Ocidente e da Ucrânia, consolidando uma posição de domínio estratégico.
"Os russos são os que mais aprendem com as lições da guerra […]. Ninguém no mundo é capaz disso. Não se trata de um Exército em estado de caos. É um exército que sabe muito bem o que está fazendo", ressaltou.
O analista acredita que esse cenário já provoca mudanças na abordagem das potências ocidentais em relação à Rússia.
De acordo com Ritter, a percepção de que não é possível destruir a Rússia já está presente nos Estados Unidos e, inevitavelmente, deverá alcançar a Europa.
Apesar disso, o especialista observa que o Ocidente ainda aposta no colapso russo.
No entanto, Ritter argumenta que a Rússia não entrará em colapso, pois sua liderança está totalmente comprometida com a segurança e estabilidade do Estado para o futuro.
"No entanto, primeiro o Ocidente precisa deixar de ver a Rússia como um recurso que pode ser desperdiçado. Para isso, os Estados Unidos devem deixar de enxergar a Rússia como um inimigo e começar a vê-la como uma força capaz de garantir a estabilidade, o que eles estão fazendo agora", acrescentou.
Ritter pontua ainda que a Europa resiste à abordagem mais construtiva dos EUA diante da Rússia, mas também será forçada a aceitar a nova realidade imposta pelo contexto militar.
Na última terça-feira (30), o Ministério da Defesa da Rússia informou que as tropas do agrupamento Dniepre libertaram o povoado de Lukyanovskoe, na região de Zaporozhie. No mesmo período, as forças ucranianas teriam perdido cerca de 1.330 combatentes em todos os setores da operação militar especial.
Por Sputnik Brasil