Em entrevista a um canal de TV norte-americano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Irã de "exportar terrorismo" para a Venezuela e afirmou que o Hezbollah mantém uma base no país latino-americano, atuando para usar "drogas contra os Estados Unidos".

"Eles estavam impondo sua influência em todos os lugares, exportando terrorismo, não apenas para todas as partes do Oriente Médio, mas também para a Venezuela. Eles estão em conluio com [Nicolás] Maduro. Sabe, eles estão exportando terrorismo para os Estados Unidos", declarou Netanyahu em entrevista ao canal Newsmax.

O premiê israelense também reforçou a acusação de que o Hezbollah possui uma base operacional na Venezuela. "Eles podem usar armas contra os israelenses, mas usam drogas contra os Estados Unidos", acrescentou.

Desde setembro, mais de 105 pessoas morreram em ataques contra embarcações que os EUA acusam de envolvimento com o tráfico de drogas, como parte dessas operações. As ações têm gerado rejeição da comunidade internacional.

Netanyahu explica reconhecimento da Somalilândia

Durante a mesma entrevista, Netanyahu detalhou os motivos para Israel reconhecer a independência da autoproclamada república da Somalilândia.

Segundo ele, os cerca de 6 milhões de habitantes da Somalilândia desejam aderir aos Acordos de Abraão. "Eu acho isso muito bom. Eles são democratas e já realizaram eleições. O restante da Somália tem terroristas do al-Shabaab. Nunca houve eleições desde, sei lá, décadas atrás, e muitos terroristas estão indo para lá. Então, por que não apoiar um país democrático, muçulmano moderado, que quer aderir aos Acordos de Abraão?", argumentou o premiê.

O reconhecimento da Somalilândia por Israel ocorreu na última sexta-feira (26), após declaração conjunta assinada por Netanyahu e o presidente da Somalilândia, Abdirahman Mohamed Abdullahi. Com isso, Israel tornou-se o primeiro país do mundo a reconhecer oficialmente a Somalilândia.