Marinho afirma que resultado do Caged em 2025 será positivo e destaca visão do governo
Ministro do Trabalho ressalta que, apesar da desaceleração econômica, dados de emprego para 2025 são considerados favoráveis pela gestão federal.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta terça-feira (30) que o resultado do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2025 será considerado positivo pelo governo, não sendo um número desprezível. Marinho voltou a criticar as taxas de juros elevadas, que, segundo ele, contribuem para a desaceleração da economia, e questionou as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
"Apesar, sim, de uma desaceleração, que eu venho chamando a atenção desde maio, durante o mês de maio e todo o semestre, o papel aqui dos juros eu acho determinante para esse processo de desaceleração. Porém, a combinação da tarefa nada fácil do Banco Central é de mirar a inflação", declarou Marinho a jornalistas durante coletiva no ministério.
O ministro também destacou que não é apenas o Banco Central que define os juros, ressaltando que as diretrizes são estabelecidas pelo CMN. Marinho expressou o desejo de participar do conselho ao lado do ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
"O pessoal do Banco Central sabe os desafios que tem, determinados pelo Conselho Monetário Nacional. Sempre a gente fala do Banco Central, mas tem o Conselho Monetário que dá as diretrizes", afirmou.
"Eu adoraria sentar no Conselho Monetário Nacional, junto com o ministro da Indústria e Comércio, nosso vice-presidente Alckmin, para ajudar quem está lá sentado, para ver se as diretrizes estão sendo adequadas ou não", completou.
Marinho não antecipou números fechados do Caged para 2025 ou 2026, mas demonstrou otimismo quanto aos resultados dos próximos anos.
"O importante é um processo de continuidade. Nesse sentido, o resultado de 25 não é desprezível, é um resultado muito positivo", avaliou. "Enxergo para 26 que será um ano positivo, com todas as controvérsias que possa ter. A gente não olha os debates eleitorais", concluiu.