As contas públicas fecharam novembro de 2025 com um déficit primário de R$ 14,4 bilhões. No mesmo mês de 2024, o déficit havia sido de R$ 6,6 bilhões, conforme informou o Banco Central (BC), em Brasília.

Os dados fazem parte dos resultados fiscais divulgados nesta terça-feira (30). Segundo o relatório, o déficit do Governo Central atingiu R$ 16,9 bilhões.

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As empresas estatais apresentaram déficit de R$ 2,9 bilhões, enquanto os governos regionais registraram superávit de R$ 5,3 bilhões.

No acumulado de 12 meses até novembro, o déficit primário do setor público consolidado chegou a R$ 45,5 bilhões, equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB).

Considerando o acumulado de 12 meses até outubro, o déficit era de R$ 37,7 bilhões, ou 0,30% do PIB.

Segundo o Banco Central, os juros nominais do setor público consolidado somaram R$ 87,2 bilhões em novembro. No mesmo mês de 2024, esse valor foi de R$ 92,5 bilhões.

Em doze meses até novembro, os juros nominais totalizaram R$ 981,9 bilhões, o que representa 7,77% do PIB. No mesmo período de 2024, o montante foi de R$ 918,2 bilhões (7,83% do PIB).

Metodologias diferentes

Na segunda-feira (29), o Tesouro Nacional informou que o déficit primário do Governo Central ficou em R$ 20,2 bilhões em novembro. As diferenças entre os números do Tesouro e do BC decorrem do uso de metodologias e escopos distintos para o cálculo das contas públicas.

Segundo o BC, o resultado nominal do setor público consolidado em novembro, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, também foi deficitário: R$ 101,6 bilhões.

“No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 1.027,4 bilhão (8,13% do PIB), ante déficit nominal de R$ 1.024,9 bilhão (8,15% do PIB) em outubro de 2025”, informou o BC.