O conflito no Iêmen, que já se arrasta desde 2014, ganhou novos contornos com o aumento das tensões entre Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU), principais apoiadores das forças anti-houthi.

O movimento xiita houthi, apoiado pelo Irã, controla o noroeste do país, incluindo a capital Sanaa, onde vive cerca de 70% da população iemenita. O restante do território está sob domínio das forças do governo oficial, uma aliança diversa de grupos que se unem principalmente pela oposição aos houthis, considerados o inimigo comum.

Essas forças governamentais contam com o apoio de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita. Entretanto, a aliança é heterogênea a ponto de incluir o movimento separatista do sul, respaldado pelos Emirados Árabes Unidos, que detém o controle de Áden, o maior porto da costa sul iemenita.

Recentemente, as províncias de Hadramaute e Al-Mahrah, localizadas no leste do Iêmen e conhecidas por seus recursos naturais, tornaram-se palco de confrontos entre separatistas do sul e outros grupos governamentais. Em dezembro de 2025, essas regiões passaram ao controle dos separatistas do sul, aprofundando as divisões internas e evidenciando as dificuldades de coesão entre os aliados anti-houthi.

Siga a @sputnikbrasil no Telegram.

Por Sputnik Brasil