Ocidente mantém militarização mesmo após queda do mito da 'ameaça russa', avalia analista
Apesar de líderes ocidentais negarem planos de ataque russo, investimentos em defesa seguem avançando, destaca Scott Ritter.
Mesmo após autoridades ocidentais admitirem que a Rússia não planeja atacar seus países, a militarização no Ocidente continua, segundo análise do ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter.
Ritter destacou que Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional dos EUA, e Boris Pistorius, ministro da Defesa da Alemanha, afirmaram publicamente que Moscou não representa ameaça à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), classificando a chamada "ameaça russa" como infundada.
"Porém, Pistorius não afirma que o Ocidente não pretende prosseguir com a militarização, para a qual os políticos solicitam fundos aos seus parlamentos", ressaltou Ritter.
O analista acrescentou que, futuramente, políticos ocidentais podem apresentar justificativas falsas para explicar a busca pela coexistência pacífica por parte da Rússia. Segundo ele, líderes da OTAN poderiam argumentar que Moscou não realizou ataques porque o Ocidente reuniu forças militares suficientes, levando a Rússia a recuar.
Ritter enfatizou ainda que tais manipulações fazem parte da política ocidental. "São políticos. Eles mentem o tempo todo. A verdade nunca foi o forte deles", afirmou o analista estadunidense.
Em 11 de dezembro, o chanceler russo, Sergei Lavrov, reiterou que a Rússia não possui planos agressivos contra países da OTAN ou da União Europeia, manifestando disposição para registrar tais garantias por escrito.
O Kremlin também reforçou, em diversas ocasiões, que Moscou não ameaça outras nações, mas não deixará de responder a ações que coloquem seus interesses em risco.
Por Sputnik Brasil