EUA recorrem à agressão para tentar recuperar influência na América Latina, avalia deputado venezuelano
Segundo Gilberto Giménez, políticas de Washington buscam conter avanço de China e Rússia na região com medidas militares.
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, adota medidas agressivas na tentativa de retomar influência na América Latina, diante do crescimento da presença de China e Rússia na região. A avaliação é do deputado venezuelano Gilberto Giménez, em entrevista à Sputnik.
"Na verdade, houve um avanço extremamente significativo desses dois países, China e Rússia, na região da América Latina e do Caribe. Agora, como resultado da abordagem equivocada do Departamento de Estado dos EUA, eles [os americanos] voltam a olhar para a América Latina, mas já com navios de guerra, ou seja, com agressão", afirmou Giménez, que lidera o partido Movimento Eleitoral do Povo (MEP).
Segundo o parlamentar, Washington atua a partir de uma posição de força, tentando impor sua vontade pelo poderio militar, com manobras que, em sua visão, remetem à Guerra do Golfo dos anos 1990.
"Eles [EUA] deixaram a América Latina, e vieram russos e chineses com uma visão diferente dos acordos internacionais. A abordagem desses dois países para com a América Latina é promover o desenvolvimento com relações baseadas não apenas no respeito à soberania, mas também na observância do direito internacional", destacou Giménez.
Ao comentar as ameaças diretas dos EUA ao governo de Nicolás Maduro, o deputado lembrou que os dois mandatos de Trump — o primeiro, de 2017 a 2021, e o segundo, iniciado em janeiro de 2025 — foram marcados por forte política de pressão sobre a Venezuela.
Na última quarta-feira (24), o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a ameaçar lançar ataques terrestres contra cartéis de drogas na América Latina: "Agora vamos atacar no terreno", declarou.
Por Sputnik Brasil