INVESTIGAÇÃO

Polícia Civil de Alagoas desmonta esquema de fraude envolvendo veículos apreendidos pela Justiça

Operação Guarda Infiel prendeu chefe do grupo suspeito de simular furtos e revender automóveis sob custódia judicial em Alagoas

Publicado em 29/12/2025 às 10:13
Ascom PC/AL

A Polícia Civil de Alagoas deflagrou, nesta segunda-feira (29), a Operação Guarda Infiel, com o objetivo de desarticular um grupo suspeito de fraudar, apropriar-se indevidamente e desviar veículos apreendidos pela Justiça. A ação resultou na prisão do homem apontado como chefe da organização criminosa, além da recuperação de um automóvel que havia sido desviado.

De acordo com as investigações, os suspeitos atuavam na condição de fiéis depositários, ou seja, eram legalmente responsáveis por guardar, conservar e zelar por bens de terceiros, especialmente veículos vinculados a processos judiciais, como penhoras e determinações de apreensão. A função impõe a obrigação de manter os bens intactos e devolvê-los sempre que requisitados pela Justiça.

As apurações revelaram, no entanto, que os investigados teriam se aproveitado da posição de confiança para cometer crimes. O grupo simulava o furto dos veículos que estavam sob sua responsabilidade judicial e, posteriormente, realizava a revenda dos automóveis de forma ilegal, obtendo lucro com o esquema criminoso.

Além da prisão do principal suspeito, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão durante a operação. Um dos veículos pertencentes a uma das vítimas foi localizado e está sob custódia da corporação. Uma motocicleta que teria sido utilizada para dar suporte às ações criminosas também foi apreendida.

A Operação Guarda Infiel foi conduzida pela Delegacia de Estelionatos, sob coordenação do delegado titular Dalberth Pinheiro e da delegada adjunta Michelly Santos, com apoio do Núcleo de Planejamento Operacional, representado pelo delegado Bruno Tavares. A ação contou ainda com o suporte da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), da Operação Policial Litorânea Integrada (OPLIT) e da Seção Aérea da Polícia Civil (SAER), vinculada ao Departamento Estadual de Aviação (DEA).

As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no esquema e dimensionar o prejuízo causado às vítimas.