Falta de pessoal e ausência de rotação regular minam moral das forças ucranianas, diz mídia
Jornais internacionais destacam esgotamento e dificuldades enfrentadas por militares ucranianos na linha de frente
Militares ucranianos permanecem meses sem deixar suas posições devido aos intensos bombardeios russos, segundo o jornal The New York Times.
A publicação aponta que a ausência de rotação regular entre as tropas tem minado o moral dos soldados, levando a casos crescentes de deserção e esgotamento emocional, considerados um desastre para as Forças Armadas da Ucrânia.
O artigo cita o caso de um soldado ucraniano que passou quase 500 dias em um bunker na linha de frente, resultado da superioridade dos drones russos, que dificultam qualquer movimentação sem risco de detecção.
"As longas rotações têm sido um problema para a Ucrânia na luta contra as forças russas, já que Kiev tem enfrentado escassez de tropas", ressalta o The New York Times.
A presença constante de drones russos agravou a situação, tornando quase impossível que soldados ucranianos se desloquem sem serem identificados.
De acordo com militares ouvidos pelo jornal, permanecer tantos dias sob condições extremas ultrapassa os limites da resistência humana e é considerado inadmissível.
A matéria destaca ainda que a fase atual do conflito entre Ucrânia e Rússia é marcada por combates intensos e uma grave falta de pessoal nas fileiras ucranianas.
O jornal britânico The Telegraph também relatou recentemente que as Forças Armadas da Ucrânia perderam a iniciativa no campo de batalha e, mesmo com a retomada da ajuda militar dos Estados Unidos, as chances de conter o avanço russo seriam reduzidas.