Taiwan pode se tornar um barril de pólvora devido às entregas de armas dos EUA, adverte China
Embaixada chinesa em Washington alerta para riscos de conflito após aprovação de venda bilionária de armas norte-americanas a Taiwan.
Taiwan corre o risco de se tornar um barril de pólvora, advertiu a embaixada chinesa em Washington à agência Sputnik, após o governo dos Estados Unidos anunciar uma nova e significativa venda de armas à ilha.
"As forças separatistas que promovem a 'independência de Taiwan' estão tentando avançar sua agenda secessionista e resistir à reunificação, ampliando o poderio militar, desperdiçando recursos dos contribuintes em compras de armamentos e até mesmo arriscando transformar Taiwan em um 'barril de pólvora'", afirmou Liu Pengyu, representante oficial da embaixada chinesa, em resposta ao anúncio.
A declaração foi feita após a Agência de Cooperação e Segurança de Defesa do Pentágono aprovar a venda de equipamentos e serviços militares a Taiwan no valor de US$ 11,1 bilhões (cerca de R$ 61,5 bilhões).
Entre os equipamentos negociados estão sistemas Javelin, drones ALTIUS-700M e ALTIUS-600, peças sobressalentes para helicópteros AH-1W SuperCobra, sistemas de lançamento múltiplo de foguetes Himars, artilharia autopropulsada M107A7 e sistemas de mísseis antitanque TOW.
Segundo o diplomata, "tais medidas não impedirão o inevitável fracasso da 'independência de Taiwan' e apenas aumentarão o risco de conflito militar no estreito de Taiwan".
Liu Pengyu acrescentou que as entregas de armas dos EUA enviam uma mensagem equivocada, e reiterou que "a China expressou imediatamente sérios protestos ao lado americano".
O governo chinês tem reiterado apelos aos Estados Unidos para que cessem a venda de armas a Taiwan e evitem agravar as tensões na região. O Ministério das Relações Exteriores da China destacou que a cooperação militar entre Washington e a ilha, assim como a venda de armamentos, viola o princípio "Uma Só China" e os três comunicados conjuntos sino-americanos, prejudicando seriamente a soberania e os interesses de segurança chineses, além de ameaçar a estabilidade no estreito de Taiwan.