Trama golpista: Justiça mantém prisões domiciliares após audiência de custódia
Decisão do STF busca evitar novas fugas entre condenados por atos golpistas
As prisões domiciliares de oito condenados pela trama golpista foram mantidas neste sábado (27) após audiência conduzida pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As audiências tiveram como objetivo cumprir uma formalidade legal e garantir o cumprimento das decisões judiciais.
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Na manhã deste sábado, Moraes decretou a prisão domiciliar de dez condenados. Entre os alvos estão sete militares do Exército, uma delegada da Polícia Federal, o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, e Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Carlos Rocha não foi localizado pela Polícia Federal e é considerado foragido.
O mandado de prisão domiciliar contra o tenente-coronel do Exército, Guilherme Marques de Almeida, também não foi cumprido. Ele viajou para a Bahia, mas se comprometeu a retornar a Goiânia para iniciar o cumprimento da medida.
As prisões domiciliares foram determinadas por Alexandre de Moraes para evitar novas fugas. Nesta sexta-feira (26), o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi detido após fugir para o Paraguai e tentar embarcar para El Salvador com passaporte falso.
No entendimento do ministro, há uma estratégia dos condenados pelos atos golpistas para deixar o país. Moraes citou diversos casos de fuga de réus nas ações penais referentes ao 8 de janeiro, entre eles o do ex-deputado Alexandre Ramagem.
“O modus operandi da organização criminosa condenada pelo Supremo Tribunal Federal indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional, como feito pelo réu Alexandre Ramagem, inclusive com a ajuda de terceiros”, afirmou o ministro.