Antes de uma reunião diplomática para discutir a situação da Ucrânia e possíveis caminhos para o fim da guerra com a Rússia, prevista para este domingo, 28, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou cautela diante de uma proposta apresentada pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. "Ele não tem nada até que eu aprove", afirmou Trump em declaração ao jornal americano Politico nesta sexta-feira, 26.

Zelenski, por sua vez, declarou a jornalistas que apresentaria um plano atualizado, com 20 pontos para encerrar o conflito. O documento já foi encaminhado a Moscou para avaliação e inclui a sugestão de criação de uma área desmilitarizada como parte do acordo de paz. O governo russo afirmou que ainda está "formulando sua posição" sobre a proposta.

"Vamos ver o que ele tem", disse Trump, dois dias antes do encontro agendado com Zelenski. Ao longo das negociações, os Estados Unidos têm pressionado o governo ucraniano a flexibilizar algumas de suas exigências iniciais, enquanto a Rússia mantém a maior parte de suas demandas.

Trump acrescentou: "Acho que vai correr tudo bem com Vladimir Putin", e afirmou esperar conversar com o líder russo "em breve, tanto quanto eu quiser".

Em entrevista à imprensa na sexta-feira, 26, Zelenski ponderou que não poderia garantir se a reunião resultaria em um acordo definitivo, mas destacou que ambos os lados buscariam "finalizar o máximo possível". Mais cedo, pelas redes sociais, afirmou que "muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo".

O anúncio da reunião ocorreu após uma nova rodada de negociações entre representantes de Washington e Kiev, que resultou no plano de 20 pontos para o fim do conflito.

Na madrugada deste sábado, 27, um ataque russo a Kiev, com mísseis e drones, deixou 11 pessoas feridas.