Senador diz que Carla Zambelli foi agredida ao menos duas vezes em prisão na Itália
Declaração foi confirmada pela defesa da ex-deputada, que não comunicou as autoridades penitenciárias sobre os incidentes.
O senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que a ex-deputada federal Carla Zambelli sofreu ao menos duas agressões no presídio onde está detida em Roma, na Itália. A defesa de Zambelli confirmou a informação.
Malta revelou a situação durante uma celebração religiosa no início da semana, conforme divulgado pela imprensa brasileira. Posteriormente, o senador ajustou o relato, reduzindo o número de agressões de três para duas.
"Nós estamos aqui para orar por Carla Zambelli. Entramos no maior presídio feminino do mundo para visitá-la. Perseguida política. Crime de opinião. Está lá. Ela já tinha apanhado três vezes de detentas quando nós fomos visitá-la. Quando ela nos viu, ela ficou congelada."
Em setembro, Malta e os senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estiveram na Itália para visitar Zambelli. Na ocasião, nenhum dos parlamentares brasileiros relatou sinais de agressão ou marcas na ex-deputada.
À reportagem, a defesa de Zambelli confirmou as alegações de Malta, mas informou que a cliente não comunicou os episódios às autoridades penitenciárias. Segundo os representantes, Zambelli enfrentou dificuldades após uma transferência de detentas.
"A cela que ela estava mudava constantemente de detentas e algumas a estranhavam. Havia uma detenta que a protegia, pois era mais antiga, porém ela saiu e foi para outra penitenciária."
Malta explicou que não divulgou a informação logo após a visita porque a "informação foi compartilhada de forma reservada, sem indícios de lesões físicas e dentro de um contexto sensível, que envolvia sua situação jurídica e de custódia".