CLIMA EXTREMO

São Paulo bate recorde de calor em dezembro e população busca alívio nas ruas e piscinas

Cidade registra 36,2 °C, maior temperatura da série histórica para o mês; especialistas alertam para riscos à saúde e recomendam cuidados.

Por Sputinik Brasil Publicado em 26/12/2025 às 20:35
Moradores de São Paulo buscam alívio em piscinas e espaços públicos durante onda de calor recorde. © Sputnik / Guilherme Correia

São Paulo registrou nesta sexta-feira (26) a maior temperatura já observada para dezembro desde 1961, com os termômetros marcando 36,2 °C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O novo recorde supera o valor registrado na quinta-feira (25), quando a capital atingiu 35,9 °C, também o maior da data até então.

Este é o valor mais elevado para dezembro desde o início da série histórica, há mais de seis décadas.

As altas temperaturas fazem parte de uma onda de calor que mantém a cidade sob alerta meteorológico, com previsão de tempo quente persistente nos próximos dias e possibilidade de novos recordes.

De acordo com especialistas, uma massa de ar muito quente e um bloqueio atmosférico impedem a chegada de frentes frias, dificultando o alívio do calor intenso.

Nas ruas do centro, feiras e praças ficaram lotadas sob o sol forte. Na Praça da República, frequentadores relataram sensação térmica ainda maior, com muitos buscando sombra e água fresca para suportar o calor extremo.

Em bairros como Vila Madalena, termômetros de rua chegaram a registrar marcas próximas a 37 °C durante a tarde.

O calor levou muitos paulistanos a procurarem refúgio em espaços públicos com água. No Sesc 24 de Maio, no centro, frequentadores foram flagrados na piscina da cobertura para se refrescar — cenas que se repetiram em diversos pontos da cidade.

Moradores relataram à Sputnik Brasil que a sensação de abafamento e secura tem sido constante, dificultando atividades cotidianas, como caminhar nas calçadas expostas ao sol ou fazer compras ao ar livre.

A Secretaria Municipal de Saúde recomenda evitar exposição prolongada ao sol no período da tarde, manter hidratação constante e procurar locais sombreados ou climatizados, especialmente para crianças e idosos, mais vulneráveis ao estresse térmico.

Há ainda preocupação com o abastecimento de água e o aumento no consumo residencial devido ao calor prolongado, segundo reportagem do portal g1.