O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador.

Vasques foi detido pela polícia paraguaia, com apoio da Polícia Federal brasileira, enquanto tentava embarcar utilizando um documento falso.

Antes da prisão, em Santa Catarina, o ex-diretor rompeu a tornozeleira eletrônica e, em seguida, as autoridades brasileiras alertaram países vizinhos, como Colômbia, Paraguai e Argentina, sobre a tentativa de fuga.

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Vasques em 16 de dezembro a 24 anos e 6 meses de prisão, além de 120 dias-multa, por tentativa de golpe.

Ele já havia sido condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por uso político da estrutura da PRF durante a campanha eleitoral de 2022, em ação movida pelo Ministério Público Federal.

Segundo o inquérito, Vasques utilizou seu cargo para dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente no Nordeste, durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, período em que o governo de Jair Bolsonaro (PL) buscava a reeleição e a região concentrava votos para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Silvinei Vasques foi preso em 2023, mas liberado posteriormente mediante medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

Por Sputnik Brasil