JUSTIÇA

Moraes decreta prisão preventiva de ex-diretor da PRF Silvinei Vasques

Ministro do STF determina prisão após fuga de Silvinei Vasques, condenado por participação em trama golpista.

Publicado em 26/12/2025 às 13:41
Ministro Alexandre de Moraes decreta prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou na tarde desta sexta-feira (26) a prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro.

O ex-diretor cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, mas teve a prisão preventiva determinada após romper o equipamento e fugir para o Paraguai. Silvinei foi detido pelas autoridades locais ao tentar embarcar em um voo para El Salvador.

Moraes foi informado pela Polícia Federal de que a tornozeleira parou de emitir sinal de GPS por volta das 3h da madrugada de quinta-feira (25). Após a constatação, agentes se dirigiram à residência de Silvinei, em São José (SC), e verificaram que ele não estava no local.

Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal confirmou que Silvinei foi preso no Paraguai e deverá ser extraditado para o Brasil.

No entendimento do ministro, a prisão preventiva é justificada pela fuga do ex-diretor.

"A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva", decidiu Moraes.

Trama golpista

Silvinei Vasques foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão na ação penal do Núcleo 2 da trama golpista, que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal, Vasques determinou a realização de blitzes em regiões onde a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva tinha maior intenção de voto, com o objetivo de dificultar o acesso dos eleitores às urnas.

O ex-diretor da PRF foi preso preventivamente em agosto de 2023 e permaneceu um ano detido, até que o ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória mediante o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e cancelamento do passaporte.

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