Irã apreende petroleiro no Estreito de Ormuz
Guarda Revolucionária detém embarcação com 4 milhões de litros de combustível contrabandeado e prende 16 tripulantes estrangeiros.
O Irã apreendeu um petroleiro estrangeiro que atravessava o estratégico Estreito de Ormuz, informou a mídia estatal nesta sexta-feira, 26.
Mojtaba Ghahramani, chefe provincial do departamento de justiça, declarou que o petroleiro transportava cerca de 4 milhões de litros — aproximadamente 25 mil barris — de combustível contrabandeado quando foi interceptado por forças navais da Guarda Revolucionária. As informações foram divulgadas pela agência oficial IRNA.
Segundo Ghahramani, 16 tripulantes estrangeiros foram detidos durante a operação, considerada um "golpe" significativo contra o contrabando. O oficial não revelou a nacionalidade dos tripulantes nem a bandeira da embarcação.
O Irã realiza apreensões semelhantes na região com certa frequência, alegando transporte ilegal de petróleo. Em novembro, autoridades iranianas já haviam retido outro navio no Estreito de Ormuz sob acusações de violação e transporte de carga ilegal.
O país já foi responsabilizado pelo Ocidente por uma série de ataques a navios na região, incluindo ataques com minas lapa em 2019 e um ataque de drone a um petroleiro ligado a Israel em 2021, que resultou na morte de dois tripulantes europeus. Esses incidentes intensificaram-se após a saída unilateral dos EUA do acordo nuclear com o Irã em 2018, sob o governo Trump.
Mais recentemente, em abril de 2024, o Irã apreendeu o navio de carga MSC Aries, de bandeira portuguesa.
As tensões entre o Irã e o Ocidente se agravaram, especialmente após o conflito na Faixa de Gaza e o confronto direto de 12 dias com Israel em junho, que resultou na morte de comandantes militares iranianos, cientistas nucleares e, em retaliação, 28 pessoas em Israel após ataque de mísseis iranianos.
Teerã há anos ameaça fechar o Estreito de Ormuz, passagem estratégica por onde circula cerca de 20% do petróleo mundial. Para garantir o tráfego, a 5ª Frota da Marinha dos EUA, baseada no Bahrein, mantém patrulhas constantes na região.
Fonte: Associated Press. Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.