Juro médio do crédito livre sobe para 46,7% em novembro; cheque especial atinge 141,7%
Taxas de juros para pessoas físicas e empresas seguem em alta, segundo dados do Banco Central. Inadimplência e endividamento das famílias também registram variações.
A taxa média de juros no crédito livre subiu de 46,1% em outubro para 46,7% em novembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central. No mesmo período de 2024, a taxa era de 40,9%.
Para pessoas físicas, o juro médio do crédito livre passou de 58,5% para 59,4%. Já para empresas, a taxa caiu de 25,1% para 24,5%.
Cheque especial
A taxa do cheque especial avançou de 139,1% para 141,7%. No crédito pessoal total, houve aumento de 49,4% para 51,0%.
Veículos
No financiamento de veículos, o juro médio recuou de 27,4% para 26,6%.
Operações livres e direcionadas
A taxa média do crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), variou de 31,8% para 31,9%. Em novembro de 2024, estava em 28,4%.
Indicador de Custo de Crédito (ICC)
O ICC passou de 23,6% para 23,7%, refletindo o volume de juros pagos por consumidores e empresas em relação ao estoque de operações de crédito.
Esse indicador mostra a taxa média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações contratadas e ainda em andamento.
Spread bancário
O spread médio em operações de crédito livre subiu de 32,4 para 33,2 pontos. Para pessoas físicas, o índice foi de 44,6 para 45,7 pontos; para empresas, caiu de 11,8 para 11,4 pontos.
No crédito direcionado (poupança e BNDES), o spread recuou de 3,8 para 3,6 pontos. Considerando o crédito total, o spread oscilou de 20,6 para 20,9 pontos.
Inadimplência
A inadimplência nas operações de crédito livre caiu de 5,1% para 5,0%. Para pessoas físicas, foi de 6,4% para 6,3%; para empresas, de 3,0% para 2,9%.
Já no crédito direcionado, a inadimplência subiu de 2,2% para 2,3%. Considerando o crédito total, a taxa ficou em 3,8% (ante 4,0% em outubro).
Endividamento das famílias
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro aumentou de 49,1% em setembro para 49,3% em outubro. O recorde da série foi registrado em julho de 2022, com 49,9%.
Desconsiderando dívidas imobiliárias, o endividamento passou de 30,7% para 30,9% no mesmo período.
O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional subiu de 28,8% para 29,4%. Sem os empréstimos imobiliários, passou de 26,7% para 27,2%.