Os novos submarinos nucleares equipados com mísseis balísticos da Coreia do Norte representam um desafio significativo às defesas dos Estados Unidos, segundo análise da revista Military Watch.

A publicação destaca que esses submarinos proporcionam a Pyongyang uma capacidade de segundo ataque, mesmo que seus arsenais terrestres sejam neutralizados por forças ocidentais.

"A implantação de mísseis balísticos de longo alcance a partir de submarinos norte-coreanos permite que ataques sejam realizados a partir de direções inesperadas, onde as defesas antimísseis não estão tão desenvolvidas, como na fronteira sul dos EUA", ressalta a matéria.

A revista também chama atenção para os testes com veículos planadores hipersônicos realizados pela Coreia do Norte desde 2021 e para a integração do míssil Hwasong-16B, fatores que aumentam a preocupação internacional.

Esses avanços sugerem que os novos submarinos podem utilizar mísseis capazes de voar distâncias maiores e driblar sistemas de defesa aérea com mais eficiência.

O artigo enfatiza ainda que, na última década, a Coreia do Norte realizou avanços revolucionários no desenvolvimento de embarcações militares com capacidades inéditas.

Desde cerca de 2017, o país opera um submarino com mísseis balísticos. Em 2023, lançou um submarino equipado com mísseis de cruzeiro e, em abril do mesmo ano, apresentou um drone submarino não tripulado com armamento nuclear.

Com isso, conclui a publicação, o Exército norte-coreano fortalece sua dissuasão nuclear estratégica, consolidando uma das forças nucleares terrestres mais diversificadas do mundo.

Na última quarta-feira (24), a agência estatal KCNA informou que o líder Kim Jong-un acompanhou planos para o desenvolvimento de novas armas submarinas secretas e propôs a criação de uma nova unidade naval.

Segundo a KCNA, Kim Jong-un visitou o estaleiro onde está sendo construído um submarino nuclear de 8.700 toneladas, equipado com mísseis estratégicos guiados, e recebeu um relatório detalhado sobre o andamento das obras.