O presidente da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohammad Eslami, afirmou que o país não permitirá inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em instalações nucleares atingidas por bombardeios enquanto determinadas condições não forem atendidas.

Eslami declarou à agência Tasnim que, caso a AIEA considere aceitáveis os ataques militares, deverá formalizar que bombardeios de Estados Unidos e Israel a instalações nucleares protegidas são permitidos. Caso contrário, a agência deve condenar tais ações e estabelecer obrigações para o período pós-conflito.

O representante iraniano enfatizou que, até que a questão seja resolvida, qualquer pressão política ou psicológica — incluindo pedidos de inspeção em instalações bombardeadas — será rejeitada e ignorada.

Eslami também destacou que nenhum país colaborou tanto com a agência nuclear da ONU quanto o Irã, e criticou o atual diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, por, segundo ele, seguir diretrizes ocidentais em vez de respeitar a carta da organização.

Teerã já havia solicitado anteriormente que a agência nuclear da ONU estabelecesse regras claras sobre como proceder caso a indústria nuclear de um país sob supervisão da AIEA seja alvo de ataque militar.

Em junho, Israel realizou ataques surpresa contra instalações nucleares e militares do Irã, desencadeando uma guerra de 12 dias em que os Estados Unidos também bombardearam instalações do programa nuclear civil iraniano.

Fonte: Sputnik Brasil