China Vanke tem recomendação do Citi rebaixada para 'venda' e rating da Fitch para 'RD'
Analistas citam vendas fracas, pressão sobre liquidez e extensão de prazos como fatores para rebaixamentos.
A incorporadora chinesa China Vanke teve sua recomendação rebaixada pelo Citi, de "neutra" para "venda", e seu rating rebaixado pela Fitch, de "C" para "RD". Analistas do banco destacam vendas fracas de propriedades no quarto trimestre em todo o setor, além da proposta para estender o pagamento de seus títulos onshore.
O Citi também reduziu o preço-alvo para as ações A de 6,71 yuans (US$ 0,95) para 3,86 yuans (US$ 0,55). Para as ações H, o preço-alvo caiu de 5,47 dólares de Hong Kong (US$ 0,70) para 2,80 dólares de Hong Kong (US$ 0,36), citando pressão sobre vendas, lucros e liquidez.
O rating da Vanke pela Fitch, que já havia sido rebaixado na semana passada para "C", passou agora para "RD". A agência afirmou a classificação de inadimplência do emissor a longo prazo na subsidiária integral Vanke Real Estate (Hong Kong) Company Ltd (Vanke HK) em 'CC', além de manter a classificação de crédito sênior sem garantia da Vanke HK e de suas notas seniores em circulação em 'C', com uma classificação de recuperação de 'RR5'.
Segundo a Fitch, o rebaixamento decorre do vencimento não sanado do período de carência original para o reembolso do principal e dos juros do título onshore de 2 bilhões de yuans (US$ 285 milhões) da China Vanke, que venceu em 15 de dezembro de 2025.
Na ocasião, os detentores de títulos concordaram em estender o período de carência para o reembolso do principal e dos juros do título para 30 dias úteis, em vez dos cinco dias úteis originais, o que motivou as revisões.
A agência destaca ainda que a Vanke terá cerca de 7 bilhões de yuans em dívidas de mercado de capitais vencendo em dezembro de 2025 e janeiro de 2026, além de outros 11 bilhões de yuans entre abril e julho de 2026.
A S&P Global Ratings também rebaixou o rating para inadimplência seletiva ('SD'), ao considerar que a extensão do período de carência configura uma "reestruturação de dívida em condições de estresse, equivalente a um default".
Com informações da Dow Jones Newswires