ASTRONOMIA

Nova análise sugere que Titã pode não ter oceano subterrâneo global

Revisão de dados da sonda Cassini indica que a maior lua de Saturno possui interior composto por gelo e lama, e não por um oceano de água líquida.

Publicado em 24/12/2025 às 02:49
Titã, maior lua de Saturno, pode ter interior de gelo e lama, segundo revisão dos dados da Cassini. © telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagens

Uma nova reanálise dos dados da sonda Cassini aponta que Titã, maior lua de Saturno, pode não abrigar um oceano subterrâneo global. Essa conclusão desafia a interpretação predominante desde 2008, quando medições iniciais sugeriram a existência de água líquida sob a crosta da lua.

Segundo a pesquisa, o interior de Titã é provavelmente formado por uma mistura espessa de gelo e lama, embora existam bolsas de água quente que circulam do núcleo em direção às camadas superiores. Essa mudança de entendimento altera de forma significativa a história geológica do satélite.

Os resultados foram obtidos exclusivamente a partir de dados antigos da missão Cassini, o que, de acordo com a pesquisadora Julie Castillo-Rogez, reforça o valor duradouro dos arquivos científicos. Ela destacou que novas técnicas de análise permitem extrair descobertas mesmo anos após o encerramento das missões.

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Por Sputnik Brasil